Estava eu fuçando o blog do meu amigo Timpin e achei esse texto bem interessante, não sei qual vai ser a reação de vocês, mas tá aí:
Um enigma chamado Banda Djavu - Um raio X das estranhas razões de seu sucesso nacional
by Timpin
A banda Djavú é um fenômeno que ainda deve ser estudado. As periferias de todo o Brasil foram tomadas de assalto por aquela batida repetiva e por aquelas letras muitas vezes incompreensíveis: todos cantam “Rubi nave do som / faz a pedra vem pra cá” sem saber que diabos é esta pedra que a cantora pede pra fazer. A banda reproduz o tecnobrega de Belém do Pará de uma maneira, digamos assim, rudimentar, desacelerando a batida e usando teclados, sem guitarra. Para completar, todos sabem que tocam covers sem autorização dos autores.
Ou seja, isso não teria a mínima chance de dar certo, no entanto, foi de longe o maior fenômeno de sucesso do ano passado, com a agenda lotada e shows e com cachês na ordem de dezenas de milhares de reais. O tecnobrega do Pará, ou tecnomelody, que é como agora é chamado por lá, depois de anos e anos sendo uma grande promessa de estourar no resto país, acabou estourando pelas mãos de uma banda da Bahia.
Esta inclusível é mais um ítem intrigante do enigma DJavú. Existem dezenas e mais dezenas de cantores e banda de tecnomelody no Pará. Como e porque a Djavú sozinha conseguiu vencer tamanha concorrência? Apropriando-se das músicas paraenses? Provavelmente não.
Por mais surreal que isso possa soar, o primeiro acerto da Djavu surgiu apartir de um erro. Eles não sabiam tocar tecnomelody. Paulo Palcos e Geanderson haviam contratado a Banda Ravelly para tocarem na região norte do interior da Bahia em 2008. Por uma confusão na agenda da produção da Ravelly o compromisso não foi cumprido e em virtude desse calote, a Djavu foi montada as pressas. Como eles não sabiam tocar o som como era tocado no Pará, reduziram a batida de 1.80 para 1.64.
Como em Belém a produção de novas músicas é muito, mas muito rápida a batida por lá ultimamente tem seguido um caminho inverso, acelerando cada vez mais, a ponto de já ter até um subgênero, o eletro melody. Para o público local, que acompanha essa evolução de perto, os ouvido acabam por se habituar gradualmente, mas para quem não está acostumado ao som, isso só prejudica a assimilação. Ou seja, enquanto o tecnomelody evoluia em qualidade para o público local, tornava-se mais alienado do gosto global. E ninguém nem pensava nisso.
Leia o restante desse texto no Blog Música Original Brasileira
Um enigma chamado Banda Djavu - Um raio X das estranhas razões de seu sucesso nacional
by Timpin
A banda Djavú é um fenômeno que ainda deve ser estudado. As periferias de todo o Brasil foram tomadas de assalto por aquela batida repetiva e por aquelas letras muitas vezes incompreensíveis: todos cantam “Rubi nave do som / faz a pedra vem pra cá” sem saber que diabos é esta pedra que a cantora pede pra fazer. A banda reproduz o tecnobrega de Belém do Pará de uma maneira, digamos assim, rudimentar, desacelerando a batida e usando teclados, sem guitarra. Para completar, todos sabem que tocam covers sem autorização dos autores.
Ou seja, isso não teria a mínima chance de dar certo, no entanto, foi de longe o maior fenômeno de sucesso do ano passado, com a agenda lotada e shows e com cachês na ordem de dezenas de milhares de reais. O tecnobrega do Pará, ou tecnomelody, que é como agora é chamado por lá, depois de anos e anos sendo uma grande promessa de estourar no resto país, acabou estourando pelas mãos de uma banda da Bahia.
Esta inclusível é mais um ítem intrigante do enigma DJavú. Existem dezenas e mais dezenas de cantores e banda de tecnomelody no Pará. Como e porque a Djavú sozinha conseguiu vencer tamanha concorrência? Apropriando-se das músicas paraenses? Provavelmente não.
Por mais surreal que isso possa soar, o primeiro acerto da Djavu surgiu apartir de um erro. Eles não sabiam tocar tecnomelody. Paulo Palcos e Geanderson haviam contratado a Banda Ravelly para tocarem na região norte do interior da Bahia em 2008. Por uma confusão na agenda da produção da Ravelly o compromisso não foi cumprido e em virtude desse calote, a Djavu foi montada as pressas. Como eles não sabiam tocar o som como era tocado no Pará, reduziram a batida de 1.80 para 1.64.
Como em Belém a produção de novas músicas é muito, mas muito rápida a batida por lá ultimamente tem seguido um caminho inverso, acelerando cada vez mais, a ponto de já ter até um subgênero, o eletro melody. Para o público local, que acompanha essa evolução de perto, os ouvido acabam por se habituar gradualmente, mas para quem não está acostumado ao som, isso só prejudica a assimilação. Ou seja, enquanto o tecnomelody evoluia em qualidade para o público local, tornava-se mais alienado do gosto global. E ninguém nem pensava nisso.
Leia o restante desse texto no Blog Música Original Brasileira
Comentários
Postar um comentário
- Os comentários são moderados.
- Use sua conta do Orkut ou Gmail para comentar.
- As opiniões expostas nos comentários não refletem as dos autores do site. Inclusive, as vezes mal refletem as do autor do comentário.
Obrigado pela visita | Curta a gente no Facebook.